quinta-feira, 11 de junho de 2015

ABC Repórter divulga evento sobre o livro Pinóquio do Asfalto

Saiu no jornal ABC Repórter.http://vp.virtualpaper.com.br/abcreporter?e=570&l=1
Disponível em: https://likestore.com.br/store/showcase/editorauirapuru
Facebook: https://www.facebook.com/pinoquiodoasfalto
Foi publicado no dia 10/06, no jornal ABC Repórter, na página de Cultura, a divulgação da palestra que farei no dia 13/06 em Santo André, na Biblioteca Nair Lacerda, sobre o livro PINÓQUIO DO ASFALTO. A entrada é franca. Mais informações no texto da publicação.


quarta-feira, 3 de junho de 2015

Palestra e Sessão de Autógrafos do livro Pinóquio do Asfalto em Santo André

Atenção ABC Paulista!
Dia 13/06/2015 estarei em Santo André na Biblioteca Nair Lacerda às 10:00 h, palestrando sobre o livro Pinóquio do Asfalto e participando da sessão de autógrafos do livro. Os interessados poderão adquirir a obra no local, pela loja virtual da Editora Uirapuru ou em livrarias. 
Conto com a presença de vocês!

Na palestra falarei sobre a história do livro, a inspiração, as experiências, os depoimentos e sua adaptação para o cinema.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Novas amizades, grandes perspectivas

Nesta semana tive dois encontros promissores, com pessoas do bem, envolvidas em ações que colaboram com uma vida melhor.
Na segunda-feira estive com Wellington Nogueira, o criador dos Doutores da Alegria, uma pessoa de um coração gigante, que consegue tatuar sorrisos em rostinhos tristes. Para quem não sabe, os Doutores da Alegria visitam hospitais e levam a alegria para crianças com câncer, um trabalho louvável. O preço? Um sorriso!

Wellington Nogueira e Egidio Trambaiolli Neto


Wellington Nogueira (Foto - Inês Capelo)

Hoje estive com Denise Campos de Toledo, a jornalista econômica cujos programas na Rádio Jovem Pan e TV Gazeta nos ensinam a cuidar do nosso dinheiro, de modo simples e eficiente, outra pessoa extremamente simpática.

Egidio Trambaiolli Neto e Denise Campos de Toledo

São pessoas como essas e outras tantas que nos motivam a buscar formas de se transformar o nosso mundo em um lugar cada vez melhor.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Muito Interessante

Mais um depoimento interessante, traz o valor da sabedoria.
"Eu ainda não li seu livro Pinóquio do Asfalto (estou desempregado), mas tenho acompanhado os depoimentos no Facebook. Mas, na semana passada eu estava na Praça da Luz, na Estação da Luz e vi um senhor velho lendo seu livro, sentei do lado dele e puxei conversa. Perguntei se ele estava gostando do livro, ele respondeu que era a terceira vez que lia o livro. Eu falei: terceira vez? Ele fechou o livro e respondeu: a leitura de uma boa história oferece mais do que um momento de diversão, são lentes que nos fazem enxergar mais além. Esse livro é um poderoso telescópio que faz com que a gente enxergue outros mundos, muitos deles debaixo do nosso nariz.
Por alguns segundos eu fiquei olhando nos olhos do senhor, eram embaçados. Ele olhou nos meus olhos e falou: você deve achar que sou cego, mas não sou, vou operar da catarata estou esperando, o sistema de saúde do governo é bem lerdo, por isso, eu leio para rechear a minha mente, se eu ficar cego de uma hora para a outra, vou beber na fonte da memória.
Eu perguntei por que ele gostava do seu livro e ele me falou ainda sem parar de olhar nos meus olhos. Ele disse: atrás de mim deve ter um pobre homem com roupas encardidas, cabelos e barba enormes. Parece que ele tem 50 anos de idade, mas só tem 28. Bastou uma pessoa para fazer isso com ele, alguém que lhe convenceu a usar drogas, para que uma sociedade inteira virasse as costas para ele. Mais para o fundo do parque tem uma menina que acho que é menor de idade que se prostitui para comprar crack. A sociedade faz de conta que ela não existe. E aqui em frente a estação há meninos que pedem dinheiro ou roubam porque foram colocados para fora de casa como se fossem sacos de lixos para serem coletados. Esse livro fala um pouco de cada um desses meninos, um pouco do mendigo e da prostituta arrastados pela droga. Eu mesmo sei como é viver nas ruas, quando eu cheguei a São Paulo eu acabei embaixo de um viaduto, eu tinha catorze anos, eram outros tempos, mas provei de tudo e apanhei da polícia, de marginais e até usei drogas, mas eu não tinha vindo para cá para virar lixo, no lugar de pedir moedas eu pedi um emprego e consegui. Comecei como servente de pedreiro, morava na obra, fui me erguendo. Agora já estou velho, não tenho muito dinheiro, sou aposentado e penso muito no passado. Quando eu li este livro pela primeira vez eu me senti tocado, fiquei emocionado, pensei nos meninos, nos mendigos e nas prostitutas que não vivem, apenas se viram, é um livro verdadeiro.
Eu não sabia o que dizer, ele me deixou emocionado. Ele deu uma pausa e olhou para mim com seus olhos embaçados e falou: Talvez amanhã ou depois eu não esteja mais aqui, mas sei que estarei aqui! Disse o homem tocando a minha testa com um de seus dedos. Aqui! Falou tocando no meu peito, onde está o coração e finalizou dizendo: E aqui, apontando para o seu livro. Fiquei emocionado, saí da praça como se eu tivesse aprendido mais naquela conversa do que na vida toda.
Marcelo de Oliveira"
Obrigado Marcelo por compartilhar esta sua experiência.

Sessão de autógrafos - Pinóquio do Asfalto

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Pinóquio do Asfalto, mais um depoimento

Novo depoimento, os nomes foram ocultados e o texto preservado:
Prezado senhor Egidio
Hoje eu criei coragem de falar e decidi escrever pra você. Durante doze anos eu morei na rua aqui em Porto Alegre e aqui ser negro é um problema, o povo é racista. Foi um gay que talvez pelo preconceito que ele também sofria que me ajudou, que superou a diferença da cor da nossa pele, em troca de sexo. O nome dele era M.S. ele era hermafrodita mulher sua parte de homem não tinha funcionamento. O problema dele é que tinha AIDS e morreu por causa disso. Eu também tenho essa maldita doença e peguei dele, tomo alguns remédio do governo, mas não vivo mais na rua, eu era burro e não sabia como tomar cuidado com a AIDS. Ele me deixou um apartamento pequeno pra mim, dois anos depois que ele morreu eu casei com uma mulher e eu trabalho vendendo peças de carro numa loja em Porto Alegre. Eu agradeço muito ele por ter me tirado da rua, com o tempo fomos felizes juntos, hoje vivo com a minha mulher, mas eu não posso ter filho com ela, eu amo ela e não quero que ela pega AIDS e tenho medo de adotar e eu morrer logo. O sobrinho do M.S. me deu um livro seu do Pinoquio do Asfalto, eu não sou muito de ler, leio mais jornal de esporte, sobre o Colorado, mas a história que você fez me lembrou minha infância e eu li o livro inteiro. Sabe, senhor Egidio, sua história conta uma verdade, a gente que mora na rua só chama a atenção de bandido, viviam querendo que eu vendesse droga, preferi vender meu corpo, acho que fiz menos mau doque vender a morte. Minha história não tem um final feliz, mais é menos infeliz do que ia ser.
R. A. O.
Disponível em: https://likestore.com.br/store/showcase/editorauirapuru
Leia mais depoimento na página Pinóquio do Asfalto no Facebook: https://www.facebook.com/pinoquiodoasfalto 

sexta-feira, 27 de março de 2015

Você gostaria de ganhar essa caneca?

Quer ganhar esta linda caneca? Então compre o livro "Síndrome de Quê?" e concorra! Promoção válida até dia 30/03, apenas na Loja Virtual da Editora Uirapuru. Participe!
Sinopse do livro "´Síndrome de Quê?": Taty é uma menina cheia de caprichos que costuma rotular e discriminar as pessoas por causa da aparência e Paty é uma criança com Síndrome de Down. Certo dia Taty encontra Paty num aeroporto e a evita porque ela não se enquadra em seu universo. Mas um tumulto se forma com a chegada dos jogadores da seleção brasileira e faz com que Taty se perca da mãe. Emocione-se com essa história que nos ensina a respeitar o próximo e a aprender com a inclusão social.
Adquira já o seu livro com 30% de DESCONTO, na Loja Virtual da Editora Uirapuru e concorra a uma linda caneca: https://likestore.com.br/store/showcase/editorauirapuru

sexta-feira, 20 de março de 2015

Pinóquio do Asfalto na Embaixada de Portugal

Em homenagem à autora e amiga Maria Isabel Loureiro na Embaixada de Portugal, eis que Thaís Amado solicita esta foto com o meu livro Pinóquio do Asfalto, que ela comprou para aproveitar minha estada em Brasília. Thaís se deslocou de Minas até Brasília para prestigiar Isabel e pegar meu autógrafo. Obrigado Thaís, senti-me honrado por esse carinho.
Egidio e Thaís Amado - foto 1

Egidio e Thaís Amado - foto 2

Síndrome de quê?: SORTEIO!

Síndrome de quê?: SORTEIO!: Quer ganhar esta linda caneca? Então compre o livro "Síndrome de Quê?" e concorra! Promoção válida até dia 30/03, apenas na Loja ...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Pinóquio do Asfalto

Meu novo vídeo a respeito do livro Pinóquio do Asfalto - Editora Uirapuru







Quem ainda não curtiu a página do livro Pinóquio do Asfalto no Facebook, poderá curtir em: https://www.facebook.com/pinoquiodoasfalto e concorrer em vários sorteio de materiais literários.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Gabriel o Vencedor

Outro vencedor do concurso de curtidas da página Pinóquio do Asfalto. Valeu Gabriel Gonçalves - Salvador-BA. Continuem curtindo! Próximo sorteio, quando atingirmos a marca das 1.500 curtidas! https://www.facebook.com/pinoquiodoasfalto
Gabriel Gonçalves - Salvador - BA

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Premiados por curtirem a página https://www.facebook.com/pinoquiodoasfalto

Olá, amigos
Aqui estão algumas pessoas que foram sorteadas entre as que curtiram a página do livro Pinóquio do Asfalto: https://www.facebook.com/pinoquiodoasfalto
Cada um com seus prêmios.
Periodicamente estamos fazendo novos sorteios para os "curtidores". Se ainda não curtiu, não perca a oportunidade!
Ramon Vicente - Recife - PE

Dra. Irene Karaghilla Fichman - São Paulo - SP

Everton Guerreiro - Viçosa - MG

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Entrevista com Egidio Trambaiolli Neto

Recentemente concedi uma entrevista muito agradável para um canal do Youtube que em breve será lançado, sob o comando de Thales Mendes. Na oportunidade falaram sobre vários temas: a carreira de autor, como produzir um livro, de que forma os novos autores podem ingressar no universo literário, sobre o livro Manual do Pedro (em breve), de autoria do próprio Thales, e muito mais. Uma das pautas foi sobre o livro Pinóquio do Asfalto, da autoria de Egidio, que está em adaptação para o cinema. Um dos pontos dessa abordagem fez referência aos depoimentos que aparecem no blog do autor, no blog do livro e ele recebe por e-mail, entre outras mídias, que publicamos nesta página do livro Pinóquio do Asfalto, aqui no Facebook. Esses depoimentos têm contribuído de modo muito favorável para a disseminação da proposta do livro e emocionado muita gente. Agora no final do dia ao verificar seu blog o autor viu mais um depoimento de impacto, este, por sinal, o fez refletir sobre as responsabilidades de um autor diante da sociedade e de que forma ele pode colaborar com o contexto social. Vocês não imaginam a emoção sentida por Egidio ao ler o que o jovem Tiago escreveu. Preservemos o texto da mesma forma que foi publicado, cremos que a simplicidade ajudará a revelar a triste realidade de nosso povo da periferia:
"O Pinóquio do Asfalto me salvou
Eu vivi muito tempo na rua, hoje eu moro em um barraco e tô me esforçando pra ser alguém na vida, voutei a estuda, mas é tristi quando a favela vira um palco de morte e não é muito diferente da rua. No final do ano passado meu pai morreu porque axavam que ele tinha entregado uns manos do morro que é amigo da policia, meu pai era trabaiado e viro nóia porque ele já tinha perdido um filho que ele tinha com uma outra mulher, ele usava bagulho e bebia pra não sofre muito ele já tava veio pra aguenta tanta dor. E a polícia veio e começo a atira nos cara da coca e acabaram matando meu pai. Eu fiquei com vontade de mata todo mundo, arrumei um berro e ia atrais dos meganha, eu queria que as famílha deles também passasse o natal chorando e se pussiveu eu ia tamém mata alguém das familha deles pra da mais disgraça. Minha mina tava chorando muito porque eu tava mau, ela compro seu livro Pinóquio do Asfalto e me deu de natal. Eu nunca tinha lido um livro, to com vinte ano e num sei le direito e escrevo muito mau. Ela me ajudo a le o livro e eu fiquei pensando muito no meu pai e no que eu ia faze. Na noite da véspera de natal eu tava loco, tinha xeirado e bebido pra não fica vendo minha mãe chorando. Minha mina me levo pro chuvero e me ajudo a me acalma, eu chorei muito ela fico falando do seu livro e de esperança. Depois eu me troquei e sai com ela, agente foi anda eu tava com o berro nas costa, e vi uma viatura, o sangue subiu ela me acalmo, se ela não tivesse junto eu ia apaga os policial, ia mete uma azeitona na testa de cada um, só pras familha deles sofre como a minha tá sofrendo. Eu peguei o berro, fui ate a ponte e joguei na água do rio.
obrigado
Tiago"
Violência gera Violência. Amor gera Amor!


Prof. Egidio Trambaiolli Neto e seu livro Pinóquio do Asfalto

Cartaz de campanha contra a violência e extermínio de jovens
"Nós apoiamos!"

Márcia Almeida e Prof. Egidio Trambaiolli Neto
em lançamento do livro Pinóquio do Asfalto
Saraiva MegaStore Center Norte - SP

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Promoção de Férias

Ulisses no País das Maravelhas
Sinopse: Imagine o conto de Alice no País das Maravilhas vivido por um garoto brasileiro, um mundo repleto de personagens do nosso folclore em meio a diversas tradições regionais... Um grupo de sete sacis, um tiranossauro baiano que dança axé, uma dupla sertaneja que toca estranhas modas de viola, um tatu gaúcho (tchê!) e tamanduá diabético! Esses e muitos outros personagens acompanham o garoto Ulisses em sua... digamos, odisseia tupiniquim. É diversão para qualquer idade!
Adquira já o seu com 20% de DESCONTO, apenas na Loja Virtual da Editora Uirapuru: https://likestore.com.br/store/showcase/editorauirapuru


Ué, para onde foram todos???
Ah, sim! Aproveitar essa super-oferta antes que as férias se acabem!

sábado, 24 de janeiro de 2015

Concurso de Poemas para o filme Pinóquio do Asfalto!

O livro Pinóquio do Asfalto está em processo de adaptação para o cinema e você pode fazer parte deste momento. Em 14 de janeiro de 2015 foi lançando o concurso Pinóquio do Asfalto em Versos. Um concurso de poemas com o contexto do livro Pinóquio do Asfalto. 
O poema vencedor aparecerá junto com os créditos do filme e, quem sabe, também ser musicado e fazer parte da trilha sonora. Deixe sua veia poética falar mais alto! Encaminhem seus poemas para egidiotneto@gmail.com, indicando o assunto: Pinóquio do Asfalto em Versos. 
Poemas com outras temáticas ou fora do enredo não serão aceitos!
O prazo para a seleção transcorrerá até 01 de março de 2015. Os poemas obrigatoriamente terão de se valer do enredo do livro, pois não teria sentido qualquer outro poema que fugisse ao contexto. O ideal é que o poema tenha entre 500 e 1.000 caracteres, com margem de 10% para mais ou menos além desses parâmetros. A seleção dos melhores poemas será feita por uma banca de avaliadores composta por especialistas no gênero. 
Os melhores poemas serão apresentados para avaliação popular na página do Facebook do livro: . 
Para quem quiser adquirir o livro nas grandes livrarias ou na loja virtual da Editora Uirapuru: https://likestore.com.br/store/showcase/editorauirapuru, onde você compra com 20% de desconto.
Agora é com vocês!
Pinóquio do Asfalto 
no Colégio Porto Rossetti
Santa Isabel - SP

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Pinóquio do Asfalto gerando atitudes

Prezado Egidio,
Ganhei o livro Pinóquio do Asfalto, no sábado passado, como presente de Natal da minha madrinha, que teria de viajar. Fiquei tomada de uma emoção que nunca senti antes. Eu realmente via as crianças de rua como um problema social, algo que tínhamos que “se livrar” para que a sociedade fosse melhor. Mas eu me vi perguntado: melhor pra quem? Pensamos com egoísmo, no que é mais conveniente para a gente. Isso é horrível! Na véspera de Natal estava uma muvuca em São Paulo, tinha gente pra todo lado. Eu chamei meu namorado e fui com ele para o centro da cidade. Estava muito complicado, gente pra todos os lados e muitas crianças e adultos de mãos estendidas. Fui com o meu namorado até um mercadinho e compramos um monte de coisas, mesmo tendo pouco dinheiro, gastei mais de R$ 150,00 comprando comida para poder desejar um feliz natal, depois saímos distribuindo. Cada um que ganhava agradecia, vimos muitos olhos mostrarem gratidão. Eu e meu namorado sentimos uma satisfação tão grande por ter deixado algumas pessoas que na hora da ceia, nós falamos para a família sobre nossa ação e minha avó sugeriu que fizéssemos o mesmo com as sobras da ceia, almoço e jantar, pois todo ano acabávamos enjoados e jogávamos fora. Hoje repetimos nosso gesto, minha avó e dois dos meus primos também foram até centro e demos comida para as pessoas. Uma delas até falou: “Obrigado, hoje não passaremos fome”. Mas o mais emocionante foi o que uma criança falou: “Moça, esse moço é seu marido?” Eu disse que não e ela falou: “E os outros?” Eu respondi: “são algumas pessoas da minha família”. O menino mudou o tom da voz e disse: “Eu queria ter uma família, mas Deus não gosta de mim”. Aquilo cortou meu coração, estou pensando muito a respeito, infelizmente a minha família não tem condições de ter mais alguém e a adoção é muito difícil aqui no Brasil. Eu queria saber como podemos ajudar essas crianças. Vocês poderiam me ajudar a buscar uma solução?
Adriana Moreira da Silva


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

ULISSES NO PAÍS DAS MARAVELHAS

Ulisses no País das Maravelhas - Egidio Trambaiolli Neto - Editora Uirapuru 
(trecho para apreciação)

https://likestore.com.br/store/showcase/editorauirapuru

Aprecie com moderação... Deixe que a bagunça eu faço!


CAPÍTULO I

A MANUTENÇÃO

     Parecia mais um fim de dia normal na vida de Ulisses, o técnico em máquinas domésticas de vinte e poucos anos que carregava sua pesada mala de ferramentas escada acima. Pela terceira vez naquela semana, ele teria de visitar a casa daquela senhora misteriosa que usava um coque de cabelos grisalhos no alto da cabeça e possuía ancas enormes que, em geral, se deslocavam no ritmo da máquina de lavar roupas que havia pifado uma vez mais.
    Àquelas alturas, na cabeça de Ulisses, passava apenas o pensamento de que já era tarde e o horário de bater o cartão na Oficina Coelho, do Senhor Carlos Coelho, mais conhecido pelo sobrenome, estava próximo. Mas aquela chamada de última hora poderia obrigá-lo a ficar além da jornada daquele dia e ouvir a reclamação do Seu Coelho de que ele estava fazendo corpo mole para receber hora extra por seus préstimos. Mas, fazer o quê? Era ouvir o patrão resmungando pelas horas adicionais ou por ele não ter atendido à cliente que mais lhe rendia lucros.
    Ulisses não sabia o nome daquela mulher, aliás, acho que ninguém ao certo sabia, ele apenas recebia os telefonemas reclamando da geladeira, do fogão e, principalmente, da máquina de lavar roupas que enguiçava constantemente. Cada vez que atendia ao telefone e ouvia uma voz rouca reclamando de seus velhos eletrodomésticos, Ulisses já sabia que se tratava da cliente mais estranha que a oficina autorizada já tivera em sua carteira. Para variar, a mulher ligava resmungando dos velhos equipamentos que tinham mais de cinquenta anos, mas que ela insistia em continuar utilizando.
    Muitas vezes o reparo saía mais caro do que um aparelho novo, mas aquela senhora não queria nem ouvir falar a respeito, insistia nas velharias e se irritava quando alguém mencionava que aquele aparelho não tinha mais reparo. Ciente da teimosia de sua cliente, Ulisses sequer cogitava a aposentadoria do maquinário e arrumava aquelas peças de museu.
     No fundo, o rapaz já estava acostumado com as esquisitices da mulher que não aceitava outro técnico para consertar seus aparelhos. No fundo, ele sabia que ela gostava de seus préstimos e isso era o que importava. A única coisa que perturbava Ulisses naquela casa era aquele gato sinistro que olhava insistentemente para ele toda vez que ia consertar algum eletrodoméstico. Contudo, naquele dia em especial, o gato tinha um quê maior de esquisitice e parecia satisfeito por ver com que dificuldade Ulisses tentava arrumar o aparelho, olhava aflito para o relógio e murmurava: É tarde, é tarde, é muito tarde...
   Ulisses olhou para o gato que parecia sorrir e revezava sua atenção entre o relógio e o reparo que o estava obrigando a mergulhar de cabeça no compartimento em que se lavava a roupa. O mais curioso era que a peça que deveria ser trocada, no fundo da máquina, parecia inalcançável. Ulisses não entendia como, mas parecia que seu braço não chegava ao parafuso do eixo principal, obrigando-o a entrar até a cintura na câmara de lavagem da máquina, forçando-o a tentar desenroscar um parafuso que, pelo tempo de uso, sem dúvida alguma já estava espanado.
  O gato permanecia olhando firme para Ulisses e viu quando seus pés já não tocavam no chão. Foi nesse instante que o riso no rosto do gato ficou evidente. O bicho pulou com as quatro patas no traseiro de Ulisses, empurrando-o ainda mais para dentro da máquina de lavar, que estranhamente passou a funcionar.   Assim, a água começou a entrar na câmara, levando Ulisses ao desespero. Era muita água! O motor girava, ora para a direita, ora para a esquerda, lembrando os movimentos das ancas de sua proprietária. De repente, as roupas começaram a cair como uma avalanche no interior da máquina de lavar. Ulisses agora media menos que um dedo polegar.
   Com o vai e vem do motor, Ulisses entrou por uma manga de uma camisa e saiu pela outra, mergulhou de cabeça pela perna de uma calça e saiu pela cintura, fechou os olhos e fez cara feia quando passou por dentro de uma cueca e se enrolou em uma grossa blusa de lã verde-bandeira. Por mais que tentasse, Ulisses não conseguia subir à tona, era jogado para lá e para cá.
   O rapaz já estava ficando roxo por prender sua respiração, até que ele avistou um ralo que parecia ter vida própria, que gesticulava e até tentava lhe falar algo. Ulisses sentia-se atordoado, achava que estava tendo alucinações e ficava cada vez mais roxo, até que não aguentou mais e tentou buscar o ar onde não existia: em meio a toda aquela água que o mantinha submerso.
– Fique calmo! – disse o ralo – Respire fundo!
Sem entender o que estava acontecendo, exaurido de suas forças, Ulisses foi decantando e pousando no fundo da câmara de lavagem que agora não mais batia as roupas, bem diante do ralo.
– Muito bem! – comentou o ralo para Ulisses que não entendia o que estava acontecendo – Agora fique sentado e espere!
– Esperar o quê?
– Ah, você não sabe? Tente adivinhar!
– Isso é ridículo! Estou tendo alucinações! Respirando embaixo da água, tal qual um peixe e falando com a tampa de um ralo!
– Ei, calma lá! Eu não sou uma tampa de ralo qualquer!
– Não? Então o que você é? – rebateu Ulisses com rispidez – A rainha da Inglaterra?
O ralo ergueu uma das sobrancelhas, empinou o nariz e disse:
– Eu sou o Senhor Tampa de Ralo!
– Ridículo!
– Ah é? Eu sou aquele que permite que qualquer um passe para o outro lado!
– Balela!
– Muito bem, sabichão! – comentou a tampa cruzando seus mirrados braços – Eu quero ver como você vai se virar durante a centrifugação!
– Você está brincando, não é?
– Não! Você vai ficar sequinho!
Ulisses tentou abrir o ralo, torcendo a tampa como toda a força, até que ele reclamou:
– Ei! Você está me machucando!
– Eu preciso sair daqui antes que eu vire um selo de correio de tão achatado que vou ficar!
– Calma lá! Você não consegue passar por dentro de mim desse tamanho! – disse o ralo.
– Mas eu preciso sair daqui!
A tampa do ralo aproveitou a oportunidade e lançou uma charada.
– De um inteiro sou metade, mas o meu dobro é um par. Quem sou eu? Diga sem titubear!
Ulisses tentou pensar em uma fração de segundos, se irritou e esbravejou:
– Isso não tem sentido! Se for a metade, o dobro é um inteiro e não um par!
– Resposta errada! – disse a tampa do ralo – Só mais uma chance!
Cada vez que Ulisses ouvia um clique do timer da máquina de lavar, sabia que o tempo de espera para a centrifugação estava indo embora, tinha consciência de que se não fizesse algo, logo seria espremido contra as paredes da máquina de lavar até explodir como um tomate maduro quando cai ao chão. O rapaz ficou pensativo, percebeu que naquela charada tinha alguma pegadinha e se pôs a maturar as informações recebidas.
– Metade de um é meio... Meio... Meia... Espere, um par de meias tem duas meias... Saquei! São as meias! – falou Ulisses todo orgulhoso. – Mas e daí?
– Use as meias, oras bolas! – disse a tampa do ralo com relativa arrogância.
– Mas essas meias são maiores do que eu! Como vou colocá-las?
O Senhor Tampa de Ralo grunhiu e falou com aspereza:
– Onde já se viu? As meias são para cheirar e não para vesti-las nesses pezinhos de Cinderela! Faça isso para iniciar sua Odisseia!
– Rá, rá, rá, muito engraçado! – resmungou Ulisses cruzando os braços – E, quer saber? Eu não vou cheirar essas meias imundas com aroma de chulé!
– Problema é seu! Não sou eu que quero sair daqui para fugir da centrifugação! Acho melhor você cheirar, caso contrário você vai ser espremido contra essas paredes até seus olhos saltarem das órbitas.
   Ulisses apanhou uma das meias mantendo os olhos fixos no Senhor Tampa de Ralo, querendo fulminá-lo, olhou com cara de nojo para um dos pés da meia, pegou-o com as pontas dos dedos, aproximou-o de modo relutante do nariz e cheirou.
– Que fedor de gorgonzola! – disse Ulisses ameaçando vomitar.
Sem que pudesse dizer mais uma palavra, Ulisses encolheu ainda mais, desta vez estava menor que a unha de um dedo mindinho. Com o tamanho apropriado para passar pelo ralo, mas ele ainda estava tampado.
– Você não deve bater bem da cabeça! Como é que você vai conseguir tirar a tampa que obstrui a saída? – perguntou a tampa do ralo.
   Preocupado com a dúvida plantada em sua cabeça pelo Senhor Tampa de Ralo, o rapaz começou a ficar aflito, tentou de todas as formas arrancar-lhe do ralo, mas não tinha forças suficientes para realizar tal façanha, contudo, um novo clique do timer mostrou que o tempo estava se acabando.
– Eu não consigo! O que eu faço? Se eu for comprimido desse tamanho, meus ossos vão se quebrar!
– Cheire a outra meia! Assim você vai crescer!
Imediatamente Ulisses pegou a outra meia do par, cheirou fundo e começou a crescer.
– Ei, se eu cheirar mais essa meia, com certeza eu sairei por cima da máquina de lavar! – exclamou o rapaz com otimismo.
– Não diga tolices! A máquina só funciona com a tampa abaixada!
– Eu vou forçar! Eu vou crescer até arrebentar a tampa! – retrucou.
– Bom, não diga que eu não o avisei! – falou a tampa do ralo com desdém.
  Ulisses se preparou e cheirou a meia o mais fundo possível, mas, por mais que ele cheirasse e crescesse, a tampa da máquina ficava ainda mais distante. Para piorar, Ulisses via o gato risonho acenando para ele sentado em cima da tampa da máquina de lavar, com aquele riso estúpido estampado na cara.
– Eu, puff, puff, não puff, puff, consigo!!!
– Bem que eu te avisei! – berrou a tampa do ralo que agora parecia mais distante ainda.
– Eu quero sair daqui! – gritou o rapaz.


O livro já está a venda em https://likestore.com.br/store/showcase/editorauirapuru

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

DEU A LOUCA NA LOJA VIRTUAL DA EDITORA UIRAPURU!

DEU A LOUCA NA LOJA VIRTUAL DA EDITORA UIRAPURU!
Produtos com até 50% de desconto. 
Confira!
https://likestore.com.br/store/showcase/editorauirapuru




Mas, a campanha continua! Na compra de livros da Editora Uirapiru, uma publicação será doada para alguma criança ou jovem carente. Vamos dar esperança de um futuro melhor para os Pinóquios do Asfalto que existem por aí: https://www.facebook.com/pinoquiodoasfalto

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Considerações de Renan Motta

Ontem terminou minha aventura! Pinóquio do Asfalto! Uma história que infelizmente, é uma realidade pra muitos Brasileirinhos. Márcio me fez lembrar momentos em que passei na infância, as dificuldades, a falta d...a educação e muitas vezes a coragem... A luta pela sobrevivência.

Impossível não se emocionar, obrigado Egidio Trambaiolli Neto, por me proporcionar refletir e reconhecer esse lindo trabalho!

Temos uma missão aqui na Terra... Podemos mudar essa história!!!

"As tecnologias, os celulares, ou computadores e a Internet, ao mesmo tempo em que nos aproximaram, também nos afastaram, os amigos ficaram muito virtuais e pouco virtuosos.... É preciso termos enraizado em nossas mentes que as pessoas precisam de amor, de carinho e de abraços, sem o olho no olho e o aperto de mão nós nos tornamos frios e egoístas, valorizando a frieza imposta pelas mídias socias.

Trecho do livro Pinóquio do Asfalto, de Egidio Trambaiolli Neto




 

Considerações de Graziela Oliveira de Lima

Enfim chegou minha vez!!!
Apenas 1:00h para devorar o livro (e que história!) e mais meia hora para voltar ao mundo real...
#voltandoaospoucos
#precisandopresentearmaispessoas
Quanta sensibilidade e inspiração para dizer o que tem que ser dito, Egidio Trambaiolli Neto...
(ainda não parei de pensar... rs...)



Pinóquio do Asfalto na Bahia

Dois atores talentosos com seus exemplares de Pinóquio do Asfalto: Ridson Reis e Renan Motta. Ontem, em Salvador, no Teatro Vila Velha, assisti com Ridson o espetáculo Sortilégio, de Abdias do Nascimento, direção do extraordinário Ângelo Flávio e coreografia do fantástico Zebrinha, com Renan Motta dando um show em um dos papéis de Emanuel. Parabéns, meninos de ouro, sou fã de vocês!

Egidio e Ridson Reis (ator)
 
Renan Motta (ator) e Egidio

Preconceitos

Outro depoimento que faz pensar...

"Eu sou de família tradicional alemã, típica daqui de Santa Catarina e decidi também dar meu desabafo, como o garoto que contou sua história na outra postagem.
Eu não nasci pobre, sem-teto, muito pelo contrário, mas fui morar na rua depois que o meu pai descobriu que eu era homossexual. Nunca vou me esquecer da frase que ele disse: Lugar de lixo é no lixo. Você ...não é meu filho, deve ter sido trocado na maternidade e disse uma centena de palavrões. Ele me espancou e eu fui parar na rua só com a roupa do meu corpo. Minha mãe e minha irmão não fizeram nada. Isso doeu demais.
Na rua me tornei promíscuo, vulgar, usuário de drogas e tive duas overdoses que quase me mataram. Eu fui estuprado várias vezes por homens da rua e por gente que se dizia de bem. Infelizmente, o gay não é respeitado nem por mendigos.
Peguei várias doenças e transmiti muitas também, não sei como não peguei AIDS. Foi em um albergue que acabei dizendo para mim mesmo que não ia deixar aquilo continuar daquele jeito. Decidi me travestir e me prostituir em regiões mais ricas. Apanhei, bati, me machucaram e eu machuquei também. Mas, pelo menos, consegui um pouco de respeito. Depois de oito anos na rua, você já viu de tudo, já fez de tudo e sabe que vai ter que fazer muito mais. Certa vez um grupo de homofóbicos me espancou depois de um jogo entre Grêmio e Figueirense, fui parar no hospital, foi aí que conheci um médico maravilhoso. Ele foi muito bom comigo. No final, ele me deu o cartão dele, da clínica onde ele atendia. Depois de algumas conversas e alguns encontros, começamos a namorar e estamos morando juntos desde 20 de março 2012. Eu voltei a estudar no ano passado, estou fazendo enfermagem. Na semana passada o meu amor me deu seu livro e ainda brincou dizendo que o livro deveria ter uma outra versão chamada de Bonequinha de Luxo do Asfalto, em minha homenagem. Me senti a verdadeira Audrey Hepburn! Agora eu não me travisto mais, vivemos juntos e somos discretos. Ele está me ajudando a me livrar das drogas, essa está sendo a parte mais difícil. Ontem eu li seu livro e achei lindo! Maravilhoso! Uma lição de vida. Por isso, eu gostaria que você escrevesse um outro, com o contexto do sofrimento dos homossexuais quando são expulsos de casa para morar na rua. Se cada cicatriz do meu corpo fosse uma página de um livro, eu teria páginas suficientes para escrever um romance. Não precisa se chamar Bonequinha de Luxo do Asfalto, mas mostrar para o mundo que os gays também tem sentimentos."



Para quem não entendeu o recado: Homofobia, não!


A vida como ela realmente é

Depoimento recebido em um comentário deste blog

"Senhor Egidio
A vida na rua não é fácil. A gente já nasce com o rótulo de bandido, mesmo não sendo. Eu perdi dois irmãos em uma chacina, destas que a polícia faz para tirar pessoas como nós das ruas. Às vezes, a gente dá sorte, às vezes De...us dá uma olhadinha para a gente que vive na rua e resolve dar uma oportunidade. Eu mesma acabei me casando com um homem simples que trabalha em uma casa de materiais de construção. Foi ele que me tirou da rua. Na época da chacina dos meus irmãos, que não eram bandidos mas conheciam bandidos, eu muito fiquei assustada, eu achei que ia morrer. Eu me lembrava daquilo que o povo dizia: diga com quem anda e direi quem você é. Acho que por isso a polícia matou meus irmãos, um deles dizia que ele tinha que ser amigo dos marginais para proteger a gente, ele morria de medo que eu fosse estuprada. Talvez seja porque nossa mãe era uma prostituta e fazia filho direto, acho que viemos ao mundo como um castigo pra ela, meus irmãos morreram pra que ela sofresse, mas acho que não adiantou, não sei por onde ela anda. Ela sumiu. Meu marido é um homem muito bom, ele me ajudou a tirar documentos, me levou pra escola de EJA e eu estou terminando de estudar. Minha professora que me ajuda a escrever bem porque eu ainda faço muitos erros. Sou grata a ela por isso. Nesse mês ela passou pra gente ler alguns livros e eu escolhi o Pinóquio do Asfalto. Fiquei emocionada, chorei muito com a história do pequeno Marcio. Era pra gente ler só um capítulo e mesmo com as minhas dificuldades eu quis ler o livro inteiro. Minha professora falou para nós escrevermos para os autores contando um pouco da nossa história e eu estou aqui fazendo isso, mesmo com muita vergonha porque eu sou pobre e não sei escrever direito. Seu livro está com um outro aluno agora, ele também viveu na rua quando foi abandonado. Espero que o livro ajude esse meu colega de classe também a ver como tem gente que tem bom coração. Eu acho que você é igual essas pessoas que só faz o bem, você tinha que ganhar um prêmio Nobel da paz.

Maria S. Silva



Meninas de Rua

Outro depoimento, desta feita, de outro ponto de vista.

"Meu nome é Renata. Confesso que eu sempre tive medo dessas pessoas que vivem nas ruas, mas depois que li seu livro Pinóquio do Asfalto eu mudei minha leitura a respeito. Muitas vezes... olhamos com os olhos da sociedade e não com nossos próprios olhos. Fiquei emocionada quando vi o texto do Lee, foi preciso alguém vir de longe para me fazer enxergar que nós empurramos o povo para a miséria, para o abandono, pois nosso país é cheio de desigualdades. Eu terminei de ler o livro no sábado passado e a história não saía da minha cabeça. Fui até o shopping para começar a fazer compras de Natal e encontrei com a minha amiga. Passamos a tarde juntas, como era dia da minha filha ficar com o pai, aproveitei e comprei várias coisas, saí carregada! Na volta, deparei com uma criança mendigando e logo seu livro veio na minha cabeça, meu coração ficou apertado! Parei meu carro no posto ao lado, fui até uma loja de conveniência e comprei dois salgados e um suco, abri o porta-malas e peguei um livro que eu havia comprado para a minha filha, que julgo ter a mesma idade do menino. Chamei o menino que me viu com os salgados nas mãos e veio correndo, com suas perninhas finas e olhos brilhantes. Ele parou, olhou nos meus olhos, esperando a minha bondade. Estiquei meus braços e entreguei aquele que eu julgava ser o almoço dele já em fim de tarde. Fiquei parada, vendo como ele devorava a comida, algo que muitas vezes minha filha faz cara feia e deixa no prato. Ela tinha que ver aquilo! Perguntei um monte de coisas para ele, parecia que ele me contava seu livro. Fiquei esperando ele terminar de comer e dei o livro. Aqueles olhos negros emoldurados por uma cor branca em um rosto negro me hipinotizou. Fiquei esperando ele abrir o livro... Ele agradeceu e abriu! Foi a primeira vez que vi aqueles dentes brancos reluzindo em um sorriso estampado em sua pele da cor da noite. Eu descobri um anjo!"


Obrigado Renata por compartilhar sua história e sua bela ação. São pessoas como você que podem ajudar a mudar nosso triste panorama.



É preciso desabafar!

Hoje recebi mais um depoimento emocionante, motivado pela postagem de Luan Paganarde que contou um pouco de sua história. Assim, um rapaz que não quis se identificar, mas procurou desabafar, relatou a sua sofrida vida e a relação estreita c...om a história do livro Pinóquio do Asfalto:

 "Quero aproveitar para falar também da minha infância. Eu gostaria de deixar meu nome, mas eu tenho medo, porque eu passei um bom tempo nas ruas. Minha mãe, pelo que contam, era viciada e engravidou não se sabe de quem e me colocou no mundo. Na realidade ela me largou no lixo e fui encontrado em uma pilha de lixo na região da estação Armênia do metrô. Quem me encontrou foi uma moradora de rua que morava em um prédio abandonado junto com mais um monte de gente e ali fui crescendo. Quando eu tinha cinco anos, a polícia fez com que todos que moravam ali fossem jogados na rua porque o dono do prédio queria desocupar o lugar. Fiquei por três anos passando fome, frio e raiva embaixo de viadutos, onde respirávamos gás de escapamento de carros. Minha mãe acabou pegando pneumonia e morrendo, eu fiquei sozinho de novo. Foi aí que me juntei a outros meninos para fazer o que não podia, não devia. Um homem que tinha três filhos me levou para matricular na escola, mas eu não tinha documentos. A escola me ajudou, lá tinha comida, fui aprendendo a escrever e ler, mas na rua aprendendo a usar drogas, roubar, a machucar pessoas e fazer sexo por dinheiro. Infelizmente tem gente que só quer fazer sexo com crianças. Eu também comecei a fazer sexo com outras crianças, isso era comum com a gente. Depois de um tempo, quando eu já tinha 13 anos engravidei uma menina que era mais velha que eu e vivia aparecendo na cracolândia, ela não morava na rua, mas foi tirar a criança e morreu por causa do aborto. Tinha um padre que me ajudava, dava comida quando eu não ia na escola. Quando a polícia chegou na cracolândia eu apanhei muito. Ficamos rondando na cidade como zumbis dos filmes que eu via da porta das Casas Bahia, sem saber pra onde ir. Depois de uns dias que a cracolância acabou, eu roubei comida em um supermercado, apanhei dos seguranças e fui detido na Fundação, até que eu fiquei de maior. Hoje quem me ajuda é o mesmo padre que me ajudava antes e algumas pessoas da igreja, esta carta foi uma senhora da igreja que me ajudou a escrever comigo, ela corrigiu meus erros, porque ainda não terminei a escola. Ela tem um bom coração. Ela digitou para mim. Foi ela também que comprou seu livro e me ajudou a ler, porque eu não sei ler muito bem, tem palavras que são difíceis. O padre e o pessoal da igreja estão me ajudando, acho que é por isso que dizem que a igreja é a casa de Deus. Aqui eu me sinto um menino de verdade, um homem de verdade, e sei que se Deus me colocou no mundo e se a minha mãe me colocou no lixo, aqui eu posso voltar para o mundo com a ajuda dessas pessoas que têm Deus em seu coração e por um escritor tão fantástico que é você, que escreveu Pinóquio do Asfalto para que o mundo olhe para nós, que veja como é a nossa vida. Nós só queremos ser amados. Não temos culpa de mães que abandonam, de pais que não conhecemos ou de qualquer tipo de pessoa que não nos queiram bem, como os policiais que vivem batendo na gente sem mais nem menos. Eu sei que fiz coisas muito errada, na igreja eu larguei as drogas, pedi perdão pela pessoas que machuquei com a minha faca, sei que ninguém morreu, mas eu fiz essa maldade e não vou fazer nunca mais. Deus está comigo! Rezo sempre para ajudar as outras pessoas que vivem na rua, os novos Pinóquios que nascem todos os dias. E rezo para que neste mundo outras pessoas olhem pra gente como você fez."

Ganhei meu dia!

 

Um Pinóquio do Asfalto de Verdade

Depoimento de um Pinóquio do Asfalto que se transformou em um menino de verdade!
Por: Luan Paganarde


"Eu fui um Pinóquio do asfalto, e tive a minha chance''. A duas semanas atrás mais ou menos, conheci essa história, me identifiquei demais... com ela. Passados alguns dias eu conheço o autor da história, super receptivo, pessoa de bom coração e como diz o meninos aqui da quebrada - Sangue bom, ele me convida pra entrar, meio ocupado como todo paulistano em sua rotina, me oferece um café e uma água. E eu:
- Não muito obrigado - Fazendo a do bom moço que aprendeu com a mãe quando criança ''se te oferecerem alguma coisa, não pegue, se não, ao chegar em casa, apanha. Hahahahaha.
Resenhas e algumas risadas, depois, tive a oportunidade de conhecer pessoalmente a história que há duas semana atrás me foi apresentada, que trabalho, que história. Só tenho agradecer ao convite, e ao autógrafo, fiquei super feliz e espero poder fazer parte desse grande projeto. Fiquei feliz em conhece-lo.
Ae barulho pro Egidio Trambaiolli Neto que compôs esse grande trabalho Pinóquio do Asfalto."

Por: Egidio Trambaiolli Neto
Luan, o prazer foi todo meu em conhecê-lo, um jovem promissor que soube dar a volta por cima. Hoje você é bem mais que um menino de verdade, é um homem de dignidade!





 

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Polêmica é meu segundo nome (Miller Magnussen)

O livro mais polêmico da História, O Novo Messias, de Miller Magnussen, um livro de tema adulto que vai dar o que falar.
O que você faria se ouvisse a seguinte confissão: Eu Clonei Jesus Cristo?
Esta é uma história que certamente estará entre os livros mais vendidos. E você ainda poderá ganhar presentes, cursos sobre como escrever e produzir livros, visitas à sede da
Editora Uirapuru, além de encontrar com grandes autores do selo Uirapuru. Saiba mais a respeito no link a seguir e depois compartilhe com seus amigos.
http://www.bookstart.com.br/clonaram-jesus-cristo
O Novo Messias
Miller Magnussen
Em breve!
Venha fazer parte desta história de sucesso:

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Livro novo no pedaço!

Um, Dois, Feijão com Arroz, meu novo livro publicado pela Editora Uirapuru.
O livro conta a história de Danilo e Beatriz que não gostam de comer vegetais e levam uma bronca da mamãe Eunice. Mas, quando ela menos espera, lá estão os dois, brincando com a comida... Brincando? Eles acabam entrando em uma tremenda guerra contra o Dragão da Desnutrição!
Um, Dois, Feijão com Arroz
Egidio Trambaiolli Neto
Ilustrações: Adriano Vidal
Editora Uirapuru

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Depoimento a respeito do livo Pinóquio do Asfalto

Olá, amigos
Outro depoimento muito emocionante! Vejam:
Egidio
Ontem fiquei com muita emoção, só pode ter sido a mão do Senhor, ganhei seu livro Pinóquio do Asfalto em um sorteio. Li o livro duas vezes e hoje eu não podia deixar de escrever ...
para você.
Durante um tempo eu morei na rua com o meu irmão mais novo, nós vivemos o inferno. A gente não tinha o que comer, não tinha o que vestir, nem como tomar banho. Minha família era pobre, meu pai eu nem sequer sei quem foi, a minha mãe, minha irmã e minha avó moravam no Morro do Bumba com a gente no Rio de Janeiro, num barraco que afundou com toda tragédia. Eu tinha dezesseis anos e o meu irmão onze anos. Todos morreram menos eu e ele. Eu e ele tavamos na rua quando tudo aconteceu e a rua ficou sendo a nossa casa. Como eu e meu irmão tavamos indo na escola, a gente ia lá pra comer e quando não tinha aula a gente roubava comida na feira ou pedia ou comprava com a esmola.
A faxineira de um prédio ajudava a gente com comida e o negão do posto também, eram pessoas pobres que sabiam que a gente era mais pobre ainda.
No começo do ano passado o negão falou com o dono do posto e ele me ajudou a arrumar um emprego no outro posto dele e deixou eu e meu irmão morar numa casa de tijolo que ele tinha do lado do posto e ainda falou com o tio do mercadinho para empregar o meu irmão. Foi quando deixamos de morar na rua, só que não paramos de estudar. Eu entrei na faculdade e meu irmão vai tentar entrar no ano que vem, Deus vai ajudar.
Eu sou muito agradecido pelo que a tia faxineira, o negão e o dono do posto fizeram por nós. Um dia vou mostrar para todo mundo que para ser um menino de verdade a gente precisa ser agradecido pelos anjos que ajudam a gente.
 
Pinóquio do Asfalto
Egidio Trambaiolli Neto
Editora Uirapuru
 

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Jhow Fé prestigia Egidio Trambaiolli Neto

Sábado estive no lançamento do livro “Pinóquio do Asfalto” de uma grande pessoa Egidio Trambaiolli Neto, que sem ao menos me conhecer, me deu a oportunidade de viver o novo, creio que este novo estava escrito por Deus! Não sabe alegria que sua oportunidade gerou no meu coração, que Deus possa te recompensar em dobro. Obrigado por tudo, sempre grato. Jhow Fé.