sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Seis títulos na Georgetown University em Washington - DC

Boas novas!

 Amanhã a Editora Uirapuru estará expondo seus livros na Georgetown University em Washington DC, por meio da Atlantic Books, durante um simpósio sobre o Ensino da Língua Portuguesa nos EUA.


Sete títulos de minha autoria estarão por lá: Síndrome de Quê?, Vitrúvio para Crianças, A Cama do Buraco Negro, Na Bucha, O Dilema de Marquinhos, Um Novo Amanhã e Música em Pauta, que tenho em parceria com meu grande amigo João Batista Simplício.

 
Egidio Trambaiolli Neto com um dos livros de sua autoria



quarta-feira, 28 de novembro de 2012

CALOR, A CARA DO BRASIL

Calor, a cara do Brasil

À medida que a época de calor intenso se aproxima, o Brasil vai adquirindo suas cores, seus sabores e vai mostrando seus valores. O turismo se aquece, o povo vai se preparando para o verão, as campanhas publicitárias estimulam a renovação do guarda-roupa e as frutas exóticas ganham força no mercado dos sucos, sorvetes e de receitas sofisticadas. Como consequência, muita gente lucra com a riqueza de nosso país.
Mas, da mesma forma que o turismo se aquece, o brasileiro se esquece. O desperdício toma conta da cidade, bagaços de frutas, embalagens de sorvetes, latinhas e garrafas de bebidas são abandonadas pelo caminho, muitas vezes até, ao lado das lixeiras que deveriam acondicioná-las.

Parte do povo brasileiro ainda não se deu conta da importância da preservação e dos hábitos de higiene, o lixo e o descaso com o meio ambiente geram consequências que se assemelham bem mais com uma vingança da natureza.
 
Os bagaços fermentam sob o sol escaldante, virando o estômago de quem passa por perto. O lixo atrai moscas, baratas, ratos, pombos e outros animais que se encarregam de proliferar doenças entre os seres humanos.
Lixo de casca de coco excede à capacidadade da lixeira
 
Para complicar, as chuvas de verão carregam todo esse lixo para debaixo da cidade, e entopem bueiros e galerias, provocando a inundação de muitas regiões de municípios que todos os anos sofrem com alagamentos. Ainda por cima, essas águas acabam por se contaminar com diversos microrganismos, como as bactérias da leptospirose, provenientes da urina dos ratos que são engordados com o lixo que produzimos e abandonamos pelo caminho.
 
Por falta de vazão causada pelo lixo, bueiro se transforma em chafariz do prenúncio de uma inundação

A dengue é outra doença que ganha grandes proporções; a água que empoça por causa da falta de cuidados, serve de berçário para o aedes aegypti, o pernilongo da dengue. Portanto, somos culpados por muitos dos problemas que nos afligem a cada ano. Não que sejamos os únicos responsáveis, mas boa parte dos problemas do verão provém dos maus-hábitos, da falta de higiene do próprio povo.
 
Não é preciso dizer que a higiene é fundamental para qualquer ser humano. Mas é necessário salientar que esse tema deve ser trabalhado desde a infância, quando a criança se vê como o centro do universo. Se nessa época, a higiene pessoal não for bem trabalhada e ela não se tornar um hábito, a higiene do ambiente em que vivemos perderá o seu significado.
 
Para se trabalhar com o tema higiene com as crianças, eu deixo a dica do livro: Na Bucha, de Egidio Trambaiolli Neto, publicado pela Editora Uirapuru, que traz a história de um menino que por falta de higiene teve de travar uma batalha com os micro-organismos que queriam dominar o seu corpo, além de ter que conviver com o bullying em família, causado pelos próprios maus hábitos. Mais informações, visite o blog: http://nabuchauirapuru.blogspot.com.br e acesse o site: www.editorauirapuru.com.br

Na Bucha - Egidio Trambaiolli Neto - Editora Uirapuru
Vendas: (11) 2249-7700

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

SINDROME DE QUÊ?


Segundo o povo celta, o trevo de quatro folhas dá boa sorte para quem o encontra. Contudo, o trevo de quatro folhas é uma anomalia genética, pois os trevos, em geral, possuem três folíolos que erroneamente são chamados de folhas e ter um quarto folíolo, seria como ter um dedo a mais em cada mão, um cromossomo a mais, enfim, uma ANOMALIA que para essa planta as pessoas aceitam como "mágica" ou algo tão especial!

Os trevos de quatro folhas podem até serem cultivados, mas requerem temperatura média na faixa dos 25 ºC, chuvas constantes e de pelo menos oito horas de escuridão ao dia. Em outras palavras, SÃO PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS.

Já entre os seres humanos, muitas pessoas não aceitam que os de sua própria espécie possuam alguma anomalia genética: há pais que os abandonam, outros que são indiferentes e aqueles que até os desprezam. Contudo, eles se esquecem de que estas pessoas tão especiais são trevos de quatro folhas que foram cultivados em seu próprio jardim. Por isso, devemos concluir que a anomalia maior não está naquele que desse modo foi gerado, mas sim na formação da concepção moral daquele que não o acolheu.

Para combater esse preconceito bobo, eu indico o livro Síndrome de Quê?, de minha autoria, publicado pela Editora Uirapuru, apropriado para se trabalhar com crianças a partir dos 8 anos de idade. 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Dia da Consciência Negra ou Dia da Paciência Negra?

Apesar de alguns avanços, há ainda muita resistência social na adoção de livr...
os com protagonistas negros. Muitas vezes, o que se vê, é um personagem negro dividindo o protagonismo com personagens de outras etnias, muitas vezes, aparecendo apenas para complementar o grupo ou para tratar de temas como racismo e direitos humanos. Em outras palavras: “Vamos colocar protagonistas negros só para dizer que tem!” ou “Vamos defender os negros contra o racismo, somos bonzinhos, seremos vistos como amigos, ou melhor, como heróis!”, em outras palavras: “Em nome da ética! Vamos fazer esse favor!”
Por isso, deixo no ar algumas perguntas:
Por que não usar protagonistas negros em histórias que fujam desse contexto de favor dos anjos de barro?
Por que não retratar o negro em sua família, com seus relacionamentos, seus erros, seus acertos?
Por que não fazer o negro rico, o negro pobre? Por que não retratar negro que tem orgulho de ser negro e de sua riquíssima cultura, não para se impor socialmente “goela abaixo”, no estilo Zagalo, mas pela busca da igualdade e pelo direito de ser feliz?
Simples! Vou apresentar alguns relatos:
• Por que você coloca esses “neguinhos” na capa? Essas “coisas” não vendem! (Comentário mim feito para por parte de um autor, quando eu lhe mostrei um dos meus livros recém-publicado)
• Vamos ter que trocar! Você cria uma história em quadrinhos para uma coleção inteira com uma família de negros como protagonistas? Tá doido? (Crítica que recebi quando criei os personagens para uma coleção de revistas. Apesar das tentativas de muitos, consegui mantê-los, e há dez anos muitas crianças se divertem com as peripécias desses personagens)
• Ah, mesmo sendo negra, não vou adotar um livro só com personagens negros! Os pais vão querer me matar! (Comentário feito por uma professora negra de uma escola particular classe A quando apresentei um dos títulos abaixo relacionados)
• É difícil! Mesmo estando na Bahia os professores ainda resistem em fugir dos estereótipos criado pela televisão: um mundo de brancos bonzinhos que convivem com os negros por que Deus quer assim”! (Comentário feito por uma coordenadora afrodescendente com relação à seleção de títulos para aquisição por parte de um município)
Esse panorama tem de mudar! É preciso abrir a mente! É necessário entender que a ideia de minorias para os afrodescendentes é pífia e só vale, para certas circunstâncias sociais, principalmente na fechadíssima elite brasileira.
Afinal, se pelo menos 51% dos brasileiros são enquadrados como afrodescendentes. Logo, onde está a minoria?
Não tenho a intenção de ficar fazendo provocações, o que aqui escrevo, é a realidade. Como eu posso pensar em deixar o mundo melhor para os meus filhos e seus futuros descendentes se este mundo mantiver uma divisão cromática?
É preciso mudar. Nossas crianças não podem receber de herança algo tão primitivo como tentar qualificar pessoas por características físicas. Isso é nazismo. Por essa razão, para quem sente os ventos da mudança, eu destaco três livros de literatura para o Ensino Fundamental - I que aparecem no catálogo da Editora Uirapuru, cujos protagonistas são negros e as histórias acontecem em núcleos negros, em meio à suas famílias e à sua cultura:
A Velha Sentada – Lázaro Ramos: recomendado a partir dos 9 anos de idade;
O Noitário de Robinho – Allison Santos: recomendado a partir dos 7 anos de idade;
O Menino, A Goiabeira e a Porta-bandeira – Alexandre Henderson: recomendado a partir dos 9 anos de idade.
Pelo menos um desses títulos não pode faltar na lista de adoção de qualquer escola. Por um Brasil mais justo! Por um país melhor! Por uma nação Consciente e não apenas Paciente...
 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Vitrúvio para Crianças inspira aluna a escrever poema sobre meio ambiente

Hoje eu estava conversando com uma amiga do Facebook que leu meu livro Vitrúvio para Crianças, com o qual trabalho com a Matemática associada às Artes e fiquei muito feliz com o retorno. Ela me contou que uma aluna adorou tanto a forma como...
Dante Alighieri escreveu os versos da Divina Comédia, que fez um trabalho de meio ambiente na forma de poema usando a métrica da terza rima. Isso é gratificante, pois mostra como um livro influencia positivamente a criatividade de um aluno. Parabéns, Profa. Vera! Parabéns para Aline, sua aluna que se identificou com o poema de Dante Alighieri e fez um maravilhoso trabalho!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Olá, pessoal! Hoje é dia de reflexão sobre as diferenças e de uma indicação literária que já está sendo trabalhada, inclusive, em escolas dos Estados Unidos que trazem o ensino da Língua Portuguesa em sua grade curricular. Vale a pena ler!

Diferenças e Liberdade

O que significa ser diferente se afinal de contas, somos todos seres humanos?
Temos de lembrar que a classificação de “diferença” entre os seres humanos pode estar na embalagem, na parte material, mas podemos ser diferentes também no nosso modo de pensar, de agir e de interagir.

Sim, podemos ter ideias e ideais diferentes, é possível escolher nossa religião ou até não possuir nenhuma; é possível termos nossas convicções, nossos sonhos, nossos desejos, nossas opções, pois temos o direito do livre arbítrio! Mas, nem tanto...
Muitas vezes o livre arbítrio bate de frente com conceitos religiosos, políticos, morais e até científicos. Principalmente porque essas quatro frentes possuem, digamos, zonas de litígio em sua co-existência.
É curioso como o ser humano luta com todas as forças pelo direito do livre arbítrio, mas muitos não aceitam que o próximo também o tenha. A religião contesta o livre arbítrio das Ciências quando esta se fundamenta em provas concretas para aceitar ou refutar fatos que contradizem dogmas e vice-versa.
Muitas religiões não admitem a existência de outras religiões, dando origem até aos confrontos que se perdem na história da humanidade.
Muitos povos brigam entre si sem saber o motivo concreto da contenda que se perdeu no tempo. Apenas, guerreiam, seja por imposição de seu país ou por estarem no local errado na hora errada.
Cercadas por conflitos morais, psicológicos e até religiosos, há muitas pessoas que não exercem o direito do livre arbítrio, e são tomadas pelo medo de punições vindas do desconhecido, de castigos divinos.
Em contrapartida, há aqueles que não respeitam o livre arbítrio, acham que o seu direito é maior do que o de qualquer outra pessoa e excedem! Por esse motivo, certas lutas justas se enfraquecem com o passar dos tempos, principalmente porque algumas pessoas não sabem derrubar tabus, querem apenas se impor, usando sua indignação de um modo vingativo e escancarado, pondo a perder a luta dos que compartilham de um mesmo ideal.
Na História, muitos já sucumbiram diante de pessoas que não respeitaram o livre arbítrio e o direito de tê-los: Martin Luther King, Gandhi, Jesus Cristo... E quantos mais ainda morrerão porque muitos seres humanos se mantêm em uma redoma de conceitos feita de mata-borrão, se achando os senhores do universo?
Por mais estranho que possa parecer, a rejeição ao que é diferente está enraizada em nossa cultura, vai além das questões étnicas, das divergências entre as camadas sociais, do gênero ou dos dogmas religiosos. Basta vermos a dificuldade com a qual um trissômico, também conhecido como portador da Síndrome de Down, tem para ser aceito junto aos colegas de uma sala de aula.
Há caso nos quais os próprios pais dos alunos ditos sadios, pedem para trocar os filhos de sala ou para que suas crianças mantenham distância do sindrômico, alegando que a saliva é contagiosa; o que é uma grande mentira.

Assim, esses pais criam barreiras sociais, tolhem liberdade e pregam a diferenciação, criando um mundo em que há os abençoados e os demais, privando os próprios filhos de um convívio harmônico na sociedade.
A liberdade é um direito de todos, mas ela só se justifica quando caminha de mãos dadas com o respeito ao próximo e o livre arbítrio seja praticado sem arbitrariedades!
Diferenças, liberdade e aceitação não são temas exclusivos para adultos, devem ser trabalhados desde criança. Como sugestão eu indico o livro Síndrome de quê? de minha autoria, publicado pela Editora Uirapuru, que aborda o bullying e a rejeição social sofrida por uma criança sindrômica que apesar de tudo, consegue com o seu carinho conquistar o espaço que lhe é de direito. Maiores informações; acesse: http://sindromedeque.blogspot.com.br.
Atenção, professores! Estando blog, clique abaixo do logotipo da Editora Uirapuru e faça o download de uma série de atividades relacionadas ao livro para trabalhar com os seus alunos.