terça-feira, 21 de agosto de 2012

Obrigado, Brasil!
No próximo dia 25/08 acontecerá em Harvard, qualificada como a melhor universidade do mundo, "o Simpósio de Educação em Língua Portuguesa: Reflexões sobre o ensino de Português nos EUA: Teoria, Prática e Comunidades", no ...
qual eu teria, inclusive um momento para expor os meus trabalhos para educadores de todo o país e de diversas partes do mundo, tanto como autor, quanto na qualidade de criador de Projetos Educacionais pela Editora Uirapuru. Mas, vivemos no país do futebol e não da Educação! Lamentavelmente o meu visto para viajar para os EUA venceu em maio. Até aí, tudo bem, pois até o convite de Harvard justificando a importância da minha presença para renovar pela terceira vez o meu visto eu tinha em mãos. Mas... o meu passaporte é o verde, que podia ser usado até o ano passado, hoje, o caça-níquel da gestão pública obriga você a tirar um novo passaporte, com capa azul. Até aí, bastaria pagar as taxas para a obtenção do novo passaporte para os canibais do governo. Entretanto, a Polícia Federal está em greve e o processo que já era lento, empacou! Restava a esperança de se conseguir uma liminar para tentar viajar com o passaporte antigo! Mas que espécie de tolo sou eu para pensar que a nossa justiça é ágil? Se eu fosse um jogador da seleção brasileira teria o meu problema resolvido num piscar de olhos! Como já aconteceu em vários episódios nos quais muitos jogadores convocados de última hora acabavam conseguindo a documentação para viajar e substituir algum atleta que foi cortado por alguma lesão. Afinal, estamos falando de futebol e não de Educação! Se eu fosse o Neymar com toda a "cultura" que ele possui, teria um jatinho disponível para me transportar. Mas, eu sou um professor! Alguém que luta pelo magistério há 32 anos! Eu sou um autor de 90 livros e mais de 900 textos educativos que circulam o mundo! Criei e desenvolvi Projetos Educacionais para empresas de vários países. Não sou rico e moro no Jaçanã, um bairro da periferia de São Paulo, margeando Guarulhos.
Apesar da minha insignificância aos olhos da mídia, pois não sou jogador de futebol, não sou ex-BBB e nem tenho mais um rostinho bonito vazio de talento, tenho um mercado querendo os meus livros em vários estados americanos o que me enche de alegria. Mas, eu não sou um jogador de futebol! Eu não mereço essa atenção por parte da mídia, dos governantes e da burocracia brasileira. Por essa razão, eu só posso agradecer a Harvard e a todos que torceram pelo meu sucesso e se frustraram com o desfecho dessa história, porque eu não sou o Neymar!

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