quinta-feira, 1 de maio de 2014

AYRTON SENNA

Desde que assisti a minha primeira corrida de Fórmula 1, quando o Emerson Fittipaldi realmente abriu as portas para o Brasil na categoria, eu não parei, o esporte me conquistou, quantas e quantas corridas eu ouvi no radinho de pilha porque ...a TV nem sempre cobria os eventos? Às vezes tínhamos corridas aos sábados e eu ia até a loja da Eletroradiobrás assistir a corrida nas TVs em cores que o dinheiro do meu pai não podia comprar. Mesmo com a saída do Émerson eu não abandonei o esporte. Veio o Piquet que fez um extraordinário trabalho e o insuperável Ayrton Senna da Silva. Curiosamente éramos vizinhos aqui em São Paulo, não de portas, mas próximos, numa época em que corridas para mim eram de carrinhos de rolimã. Como eu sempre gostei de ler e meus pais não tinham condições de comprar livros, eles compravam gibis usados que eram vendidos na feira livre da Av. Benjamin Pereira, que poucas quadras depois passa a se chamar Manoel Gaya, que, era justamente a avenida que se seguida poderia ir da casa de um para a do outro. Nessa feira havia um homem que distribuía gibis usados na calçada e, todo domingo após ajudar a minha mãe a fazer a feira, íamos até o local e eu escolhia um gibi usado que ela me dava e eu devorava tão logo chegava em casa, ali, no próximo quarteirão. Eu adorava os gibis do Tio Patinhas, primeiro porque tinha mais páginas e a magia Disney, depois porque trazia as criações de Carl Barks. E eu os colecionava, lia, relia e re-re-relia... E continuava relendo. Como os gibis eram velhos e usados, muitos vinham danificados e até rabiscados. Um deles, de 1967, veio com um nome escrito: Ayrton Senna da Silva. Letrinhas garranchudas de quem na época, como eu, estava iniciando a arte da escrita (tínhamos exatos nove meses de diferença na idade: eu de 21 de julho de 1959 e ele de 21 de março de 1960). Assim, tenho um dos primeiros autógrafos do Senna, meio apagado pelo tempo, mas que guardo carinhosamente junto com os outros gibis da minha infância.
 
Since I watched my first Formula 1 race when Emerson Fittipaldi really opened the doors for Brazilian racers in the category, I didn’t stop, the sport got me hardly, how many and how many races I heard on the transistor radio because the TV does not always covered events in Brazil? Sometimes we'd race broadcasts on Saturdays and I went to the store Eletroradiobrás watch the race on TV in color than my father's money could not buy. Even with the abandonment of Emerson I have not abandoned the sport. First came Piquet, who did an extraordinary job and after the titans Ayrton Senna da Silva. Interestingly we were neighbors here in São Paulo, no doors to doors, but very nearby, at a time when races for me were shopping soapbox car. As I always enjoyed reading and my parents could not afford to buy books, they are very expensives, so dad an mom bought used comic books that were sold in the open street fair of Avenida Benjamin Pereira, that a few blocks later is renamed Manoel Gaya, which was precisely the avenue then it we could go from one to the house to the other. In this open street fair was a man who used comic books distributed on the sidewalk, and every Sunday early, many times before the races, after helping my mother to do the shopping, we went to the location and I chose a used comic book she bought for me and I devoured as soon as we got in we home there, on the next block. I loved the Uncle Scrooge comic books, first because it had more pages and Disney magic, but also because it brought the creations of Carl Barks. And I collected them, read, re-read and re-re-re-read... and kept re-reading. How comic books were old and used, many came damaged and scratched up. One of them, 1967, came with a name written: Ayrton Senna da Silva. Pies letters who at the time as we were starting the art of writing (we had exactly nine months apart in age: I was born on July 21, 1959 and he on March 21, 1960). So, I got one of the first signings of Senna, half erased by time, but I keep lovingly with the other comics of my childhood.


Vitória de Ayrton Senna da Silva
Interlagos - GP Brasil - 1991

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