Pela primeira vez depois de muito tempo eu não poderei desejar
Feliz Aniversário a um grande amigo. Hoje, Lee Thompson Young completaria seu
trigésimo aniversário, mas infelizmente ele não está mais aqui entre nós. No último
dia 19 de agosto ele nos deixou, para sempre. Lee vivia um momento difícil,
dominado pelo terror de uma depressão profunda associada a uma forte crise de
transtorno bipolar, assim, sua mente, tomada por uma confusão mental, o levou
ao suicídio. Talvez até confundindo a vida real com o mundo da fantasia dos
personagens que concebia em seu ofício de atuar. Para uns, a vida imitou a arte
quando em 2010 ele interpretou um policial que praticava suicídio para tentar
mudar uma situação em que ele causaria a morte de uma mãe de família inocente em Flash Farward. Quem
sabe até, a confusão se fez com as angústias do novo e cômico personagem que
interpretava, um também policial que não podia ver um cadáver que desmaiava, em
Rizzoli & Isles, série baseada no trabalho de minha colega, também autora,
Tess Guerritsen. Entretanto, são especulações, para a polícia, embora conste
como suicídio em seu laudo, a morte de Lee continua sendo um mistério. Mas isso
não muda em nada o resultado da tragédia. Todos que tiveram a honra e o privilégio
de conhecer Lee sabem bem que não perdemos apenas um excelente ator, um grande amigo,
perdemos uma alma nobre, um ser gentil, um exemplo de dignidade, um anjo. Lee
era um exemplo de pessoa a ser seguida, fazia caridade, respeitava qualquer um
que se aproximasse dele, não se envolvia em escândalos, não usava drogas, cuidava
bem de seu corpo e de sua saúde e, principalmente, amava imensamente sua família
e seus amigos. Era um amante da fotografia, praticante fervoroso de capoeira, adorava
viajar e aumentar seu ciclo de amizade. Lee jamais deixou a fama tomar sua
cabeça, nunca deu importância ao fato de ser um ator de Hollywood, escolhia a
dedo os papéis que fazia, amava participar de filmes baseados em fatos reais ou
derivados de livros de sucesso. Quando muito, participava de algum remake de algum clássico do cinema. Sua
preocupação era tanta com o que poderia transmitir ao público, que jamais
participou de filmes comerciais, vazios, ele se preocupava com a mensagem que
seus personagens poderiam transmitir para seu público, só então decidia por
atuar ou não nos filmes. Nos tantos seriados que participou, raramente fez
papel de vilão, quando o fez, acabava se redimindo no final. Pois é, muitas
pessoas talvez não o tenham conhecido, pois poucos são apegados aos trabalhos
mais Cult. Mas, no meio do entretenimento, Lee era extremamente respeitado, foi
indicado a premiações por cinco vezes e reconhecido pelo seu brilhantismo. Aos
12 anos começou a atuar na TV; aos 14 já era protagonista de uma longa série da
Disney; aos 15 escreveu um filme para a Disney, com o tema bullying, no qual
ele próprio interpretou o protagonista; aos 23 dirigiu uma produção pela
primeira vez, corrigiu o roteiro do filme e também atuou: Lee era puro talento.
Mesmo assim, humilde, amigo, sincero e verdadeiro. Talvez Deus o tenha
requisitado para compor seu exército de anjos, talvez um buraco negro tenha se
instalado em nosso peito com a sua partida, sugando com intensidade nossas
alegrias, mas, independente de tudo, a vida continua, um dia talvez nós voltemos
a nos reencontrar, quem sabe? O lado de lá ainda é desconhecido. No momento, eu,
muitos dos seus amigos que me pediram para escrever essas palavras e seus milhões
de fãs, só podemos continuar rezando pela paz de sua doce alma, pedindo toda a
luz que você sempre mereceu e te desejar do fundo dos nossos corações, um Feliz
Aniversário, repleto de paz, onde quer que você possa estar. Descanse em paz
meu querido amigo. Jamais te esqueceremos!
Lee Thompson Young em momento de descontração
Lee Thompson Young em foto que tirou para sua página no Facebook
Lee Thompson Young em divertida entrevista sobre o seu personagem Cyborg, de Smallville, que integrava a Liga da Justiça. Na oportunidade, ele brincou dizendo que o personagem que interpretava era o mais importante, porque ele era o mais bonito, e finalizou com uma gargalhada.
O bom-humor era uma de suas principais características!
For the first time in a long time I would not be able to
wish Happy Birthday to a great friend. Today,
Lee Thompson Young would complete his thirtieth birthday, but unfortunately he
is no longer here with us. On the last day
August 19 he left us forever. Lee
lived a difficult time, dominated by the terror of a deep depression caused by
the severe crisis of bipolar disorder, so your mind, taken by a confusion and
drove him to suicide. Perhaps
confusing the real with the fantasy world of the characters he conceived in his
craft of acting life. For
some, life imitated art when he played in 2010 a cop who practiced suicide to
try to change a situation where it would cause the death of an innocent mother
of family in Flash Forward. Maybe
even, the confusion caused anxieties of the new and comical character that he
played a cop who also could not see a corpse that fainted in Rizzoli &
Isles, based on the work of my colleague, also author Tess Guerritsen series. However,
are speculations, for the police, although recorded as suicide in his report,
Lee's death remains as terrible a mystery. But that changes
nothing about the result of the tragedy. All
who had the honor and privilege of knowing Lee know well that not only lost a
great actor, a great friend; we lost a noble soul, a gentle being, an example
of dignity, an angel. Lee
was an example of a person being followed, was charitable, respected anyone who
approached him, was not involved in scandals, did not do drugs, take good care
of your body and your health, and especially loved his family immensely and his
friends. He
was a lover of photography, fervent practitioner of capoeira, loved to travel
and increase your circle of friends. Lee
never let fame take your head, never gave importance to being a Hollywood actor, hand-picked the roles he did, loved
attending movies based on real events or derivatives of successful books. At
most, attending a remake of a classic movie. His
concern was with so he could communicate to the public, who never participated
in commercial, empty movies, he worried about the message that his characters
can convey to his audience, only then decide whether or not to act in movies. Participated
in many serials, rarely did villain role, as he did, ended up redeeming the end.
Well,
many people may not have known, because few are attached to work more Cults. But
in the midst of entertainment, Lee was highly respected, was nominated for
awards for five times and recognized for its brilliance. At
12 years old he started acting on TV; at 14 it was protagonist of a long series
of Disney; to the 15 wrote a movie for Disney, about bullying, in which he
himself played the protagonist; the 23 directed a production for the first instead,
fix the script of the film and also acted: Lee was pure talent. Even so, humble,
friend, truthful. Maybe
God has asked to compose his army of angels, perhaps a black hole has settled
in our chest with his departure, sucking our joys with intensity, but
independent of it, life goes on, perhaps one day we return to the rediscover, who knows? The other side is still unknown. At
the moment, I, many of your friends who asked me to write these words and your
millions of fans, are here lost… We can only continue to pray for the peace of your
soul sweet, asking all the light you always deserved and wish you from the
bottom of our hearts, a
Happy Birthday filled with peace, wherever you may be.
Rest in peace my dear friend. We will never forget you!
Lee and his camera in a moment of reflection
Lee playing a seductive college.
Lee with his father, Tommy Scott Young
R.I.P. my friend
February 1, 2014