quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Entrevista


Minha participação como entrevistado pelo programa UnG Ciências, da TV UnG


O simpático apresentador do programa, que também me entrevistou e editou o vídeo é o Diego Davoglio.
Olho nele! É puro talento!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Aligátores Nonsense

O pensamento do dia de hoje parte de uma reflexão sobre este texto de minha autoria, intitulado: Aligátores Nonsenses

Há poucos anos um evento começou a intrigar aos moradores do entorno do Lago Griffin, na Flórida, EUA e à comunidade científica americana. Os aligátores, espécies de jacarés que habitam a região do lago citado, começaram a apresentar anomalias comportamentais e acabavam morrendo em decorrência desses problemas. Inicialmente os aligátores passaram a apresentar dificuldades de coordenação motora como espasmos, perda de equilíbrio e falta de controle na hora de nadar. Pouco tempo depois, desenvolviam descontroles motores que os faziam vagarem tais quais zumbis, a ponto de acabarem virando involuntariamente de barriga para cima, não conseguirem manter a cabeça fora da água e morrerem afogados por perda de habilidade natatória. Foram mais de cem aligátores em um único lago, em um curto espaço de tempo. Com isso, a decomposição dos animais infestou o ar e contaminou a própria água do lago.
Mas o que estava deixando os aligátores nonsenses, comportando-se tais quais zumbis de filmes de terror?
A primeira suspeita recaiu em uma possível doença desconhecida e os cientistas passaram a recolher os corpos dos aligátores mortos para realizarem autópsias, buscando entender o problema. Mas não foi encontrado nada! Nem um simples desequilíbrio comum em órgãos como o fígado, que normalmente tornam-se delatores de anomalias corporais. O próximo passo foi realizarem de exames clínicos em animais vivos, em especial o exame de sangue.
Foram efetuados vários exames, expondo o sangue dos aligátores a bactérias e vírus dos mais variados tipos; contudo, nada foi observado. A única coisa que se pode concluir foi que o sangue dos aligátores, em vez de se contaminar, agia como um excelente bactericida, capaz de destruir todos os contaminantes biológicos possíveis. Algo que não é de era surpresa, pois esses animais são dotados de um sistema imunológico dos mais resistentes. Portanto, a causa não era biológica.
Partiu-se, então, para as pesquisas relativas ao ambiente, pois uma coisa era evidente, parte da margem do lago foi tomada por pessoas de alto poder aquisitivo, construindo suntuosas casas com vastos gramados e até campos de golfe. Toda essa grama necessitava de cuidados como fertilizantes, pesticidas, adubos, que poderiam contaminar o solo.
Casarão à beira do Lago Griffin - Flórida - USA

Já em outros pontos da margem, havia atividades agrícolas, que também dependiam desses elementos para preservar as lavouras e as fazendas que se dedicavam à produção de húmus, o nutriente que garante o desenvolvimento vegetal. Tal atividade econômica era tão importante que essas fazendas acabaram recebendo o apelido de “fábricas de húmus”. O governo, preocupado com as grandes quantidades de defensivos agrícolas e fertilizantes que poderiam ser arrastados pelas chuvas para o lago, acabou proibindo o seu uso, mesmo antes dos problemas com os aligátores virem à tona. Por essa razão, a comunidade científica pensou na possibilidade do acúmulo residual dessas substâncias em longo prazo no fundo do lago, por anos seguidos, uma vez que a decomposição desses compostos não ocorria na velocidade desejada. Entretanto, o que se observou quanto aos índices desses produtos é que a variação observada não era significativa, logo, todo trabalho foi em vão.
A suspeita recaiu no húmus, afinal, nutrientes demais alimentam mais micro-organismos. Desta feita, a análise da água buscou a possibilidade do desequilíbrio no ecossistema do lago, que com o húmus carregado pelas chuvas e irrigação poderia ter desencadeado uma fartura de alimento para seres microscópios. Dito e feito! A população de algas azuis no lago estava muito acima da média e, quando isso acontece, elas podem dominar o ambiente.
Mas, como as algas azuis poderiam afetar os aligátores de tal modo que eles passassem a ter descontrole motor? Não tinha lógica! A ideia foi recorrer aos fatores neurológicos implícitos. Os cientistas voltaram aos cadáveres dos aligátores para fazerem um estudo com o cérebro desses animais.

aligátor zumbi

O cérebro de um aligátor não pesa mais do que 8 gramas e tem o tamanho de um olho humano. Após ser retirado do crânio duro, o cérebro foi laminado e colocado ao microscópio. Inicialmente, parecia não haver nada de extraordinário, mas os olhares treinados dos pesquisadores conseguiram identificar a presença de áreas esbranquiçadas no tecido do cérebro, que indicavam que certas regiões do cérebro estavam morrendo, justamente as regiões responsáveis pelos processos motores. Finalmente tinha-se algo mais concreto.
Durante um evento da comunidade científica para se debater o assunto, um pesquisador de Michigan apresentou estudos relativos a peixes como salmões e trutas das regiões dos grandes lagos, que há pouco tempo haviam demonstrado comportamentos similares ao dos aligátores do Lago Griffin, agindo tais quais zumbis. O pesquisador revelou que a solução para o problema havia sido obtida após um estudo na alimentação das trutas e salmões, quando observou que a ausência da vitamina B1, a tiamina, causava os transtornos motores presenciados. Foi a partir de então que ele iniciou uma bateria de testes com filhotes de salmões e trutas, até que ao colocar a tiamina na água na qual esses peixes já se encontravam moribundos, eles se recuperavam num estalar de dedos e retomavam às suas atividades normais, sem qualquer sequela aparente.
Os pesquisadores da Flórida redirecionaram suas pesquisas, partindo para o estudo da dieta dos aligátores do Lago Grifinn. Mas, para isso, era preciso coletar os alimentos frescos do estômago dos aligátores ainda vivos e, após capturarem alguns desses animais e realizarem uma arriscada espécie de lavagem estomacal, conseguiram apurar que a maior parte da alimentação dos aligátores daquela região, era baseada em um único peixe, o sável-de-papo (foto ao laodo, que possui em seu corpo uma enzima chamada Tiaminase, que destrói a tiamina, ou seja, deixa o animal desprovido da Vitamina B1, imprescindível para o tecido cerebral dos aligátores.

Ao refazerem a pesquisa sobre as populações no lago, constatou-se que o sável-de-papo se adaptou perfeitamente ao ambiente desenvolvido pelas algas azuis que tomou conta das águas do Griffin, o que gerou o declínio drástico da população de outros peixes que também serviam de alimento para os aligátores. A falta de diversidade no cardápio associada à ação da enzima tiaminase sobre a Vitamina B1 (figura ao lado), fez com que o diminuto cérebro desses animais começasse a morrer.
Para validar o experimento, alguns aligátores saudáveis foram colocados em um tanque e a eles foi dada uma dieta a base do sável-de-papo e, não demorou muito para os aligátores chegarem ao estágio letárgico dos zumbis. Bastou se adicionar a vitamina B1 ao meio, na água em que estavam, para que os aligátores se recuperassem e voltassem a agir como se nada tivesse acontecido. Finalmente a causa do surgimento dos aligátores zumbis já não era mais um mistério, o sável-de-papo era o responsável por todos os transtornos. Mas, afinal, o sável-de-papo era culpado ou inocente?

Foram seis anos de pesquisas até se pudesse chegar a um veredicto final. Agora era preciso agir! O governo da Flórida determinou que se reduzisse o número de sável-de-papo no Lago Griffin, que foram retirados por meio de redes e dados como alimentos em pequenas quantidades para outros animais cuja dieta era rica em vitamina B1, para não correrem nenhum risco. A população das algas azuis também foi reduzida e o lago recebeu novos indivíduos das espécies de peixes cujas populações estavam reduzidas, voltando a restabelecer o equilíbrio local.


O texto nos deixa uma importante lição: nós que no dia a dia nos deixamos levar pela publicidade, pelo modismo e nos entregamos aos fast-foods podemos entrar numa dramática ciranda como a descrita no caso dos aligátores nonsense. Nosso corpo dá sinais tal qual a obesidade e também os casos de irritações gástricas, denunciando que há algo errado em nossa alimentação.
Cada dia mais as crianças são vítimas desse mecanismo causador de doenças, trocam alimentos naturais por hambúrgueres, batatas fritas, refrigerantes, doces, e outros pouco recomendáveis para a nossa saúde. Colocando-os em uma condição de bomba-relógio, prontos para explodirem a qualquer minuto.
Essa preocupação tem levado muitas escolas a mudarem seus cardápios para os horários dos lanches; trocaram as frituras por alimentos mais saudáveis como frutas, iogurtes, saladas, sucos naturais, e com isso, começou-se a notar uma sensível queda no número de alunos obesos, tirando as escolas do papel de coadjuvantes da alimentação inadequada. Em alguns casos, a “descoberta” dos novos alimentos por parte das crianças afastou-as de doenças que antes eram muito comuns. Os casos de colesterol alto, triglicérides elevados e até do surgimento de diabéticos precoces, também se reduziram acentuadamente.
Não é de se estranhar que frequentemente eu tenha recebido depoimentos e comentários de alunos e professores que ao trabalharem com o meu livro, Alimento em Pratos Limpos, Atual Editora, tenham descoberto o mundo mágico e trágico por trás da nossa alimentação do dia a dia, provando, que o conhecimento leva ao entendimento. Contudo, a massacrante insistência da publicidade de produtos que nos prejudicam acabam vencendo no cansaço a consciência daqueles que resiste às suas armas da sedução.
Por essa razão a escola tem um papel fundamental no resgate da qualidade alimentar, assim como toda a família. É deste conceito que surge o meu pensamento do dia:
“Basta uma ervilha para se fazer um strike em garrafas cheias de refrigerante! Depende apenas da vontade do jogador!”  

Para se obter maiores informações sobre o conteúdo do livro Alimentos em Pratos Limpos e para adquiri-lo, clique em: http://www.editorasaraiva.com.br/obrasDetalhes.aspx?arg=720636.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O que é ser poeta?

Meu pensamento do dia surgiu a partir da leitura de um belo poema feito por um garoto baiano de 17 anos, Ítalo Alves, que fala de amor com a intensidade de quem vive tomado por uma forte paixão.
Ítalo Alves, 17 anos
Ator e Poeta soteropolitano

Após terminar a leitura, comentei com um ami
go sobre a poesia ali implícita e ele em tom de surpresa me disse:
- Egidio, você também é um poeta!
E eu lhe respondi usando a frase que deixo para vocês:
"Poeta não é aquele que dança com as palavras, mas quem com elas executa uma harmoniosa coreografia!"

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

As Lições dos Elefantes de Uganda

As Lições dos Elefantes de Uganda.

Quando o ditador Idi Amin tomou o poder em Uganda, no começo dos anos 70 do século passado, entre tantas atrocidades contra seu próprio povo, mandou executar 95% da população dos elefantes do país que para ele, eram um estorvo! A maioria dos animais preservados foram os mais novos, que viam suas mães e todos os demais membros do grupo serem mortos, esquartejados, arrastados e empilhados como lixo.
Como é do conhecimento geral, os elefantes são animais sociais e os filhotes aprendem a conviver em grupo enquanto crescem. Obedecem a hierarquias, buscam referenciais nos adultos, se sociabilizam e recebem carinho... mas os elefantinhos ugandenses não tiveram essa oportunidade.
Há alguns anos o número de rinocerontes mortos em Uganda e países vizinhos, atingiu índices alarmantes, muitas das mortes eram cercadas de indícios de crueldade. Nesse mesmo tempo, os ataques de elefantes às aldeias desencadearam a ira em muitas tribos que acabavam tendo de enfrentar os invasores até a morte. Não foram poucos os casos de agricultores atacados por elefantes enquanto trabalhavam ou cruzavam uma área na qual por mera falta de sorte também servia de trajeto para esses brutamontes.
Tais atitudes colocaram a comunidade científica em alerta. A cada ano os ataques aconteciam com mais intensidade e crueldade. Depois de muito tempo os pesquisadores conseguiram entender o que estava se passando. Os elefantes de Uganda, filhos dos elefantes chacinados décadas antes, sem referência familiar alguma acabaram vagando pelas terras africanas, se espalhando, juntando-se a outros grupos ou formando os próprios nos países da região. Entretanto, eles não tiveram referencia social, não tinham mais família, não possuíam limites para suas ações. Os machos sequer possuíam referência ou respeito, inclusive, com outros animais, tanto que tentavam copular a força com rinocerontes, ou seja, tentavam o estupro para saciar seus desejos. Em contrapartida, os rinocerontes não permitiam e revidavam o abuso, desencadeando um acesso de fúria nos violentadores que acabavam por perfurar a vítima com seus marfins. Esses mesmos animais agrediam os seres humanos, nos quais viam em sua memória residual, como causadores do massacre de seus pais, familiares e amigos, provando que, como o próprio ditado diz: um elefante nunca se esquece.
Feito o estrago e, tempos depois detectado o problema, a alternativa dos cientistas foi capturar os elefantes que vivenciaram o massacre, genocídio ou holocausto, – seja lá qual é a palavra melhor para descrever tamanha ignorância liderada por Idi Amin – e levá-los para conviver com grupos mais pacatos, monitorados o tempo todo, tentando sociabilizá-los. Deu certo!

As lições deixadas pelos Elefantes de Uganda mostram muito bem como são importantes a família e a harmonia na convivência social. Muitos dos adolescentes e também adultos que se envolvem com a violência de um modo geral, crimes, estupros e desequilíbrios sociais, apresentam um histórico familiar dos mais conturbados, tal qual o dos elefantes ugandenses. Casos de violência doméstica contra filhos e mulheres, envolvimento com drogas lícitas ou ilícitas, pedofilia, prostituição, pornografia, furtos e assaltos à mão armada, assassinatos, entre outros, normalmente estão associados aos referenciais familiares ou aos grupos sociais com os quais os protagonistas da nova realidade se envolvem.
A boa estrutura familiar é fundamental! Também é importante seguir o lema: Diga com quem andas e direi quem és. Mas, a dívida social vai além de se dar soluções paliativas ao presente ou mais contundentes ao futuro. Temos um passado regado de falhas, temos a TV como veículo de comunicação e de banalização da violência, dos abusos sexuais, da impunidade e a Internet usada de forma inadequada, espalhando de modo contagioso conteúdos da pior espécie.
Para completar, a Escola, como instituição, e seu modelo obsoleto de educação tem sido vítima de pais que abandonam seus filhos e dela cobram a formação do caráter de seus filhos. É uma luta insana! Se de um lado a escola procura dar educação e cultura, do outro, a promiscuidade do funk, a baixa qualidade das músicas que entopem nossas rádios com letras vazias e repugnantes emburrecem nossos alunos, as produções televisivas temperam o entretenimento com sexo em cenas que poderiam falar de amor, de sentimento verdadeiro, de intimidade. Mas, infelizmente os gráficos do IBOPE hoje substituíram o simbolismo das barras por ereções.
A Internet por fim vem coroar tudo isso como um exemplo clássico do mau uso da tecnologia.
Por fim, virou rotina ver na mídia os bandidos engravatados sendo julgados por corrupção e, o pior, ver muitos deles conseguindo se safar! Será que ninguém vê que esses ali-babás são assassinos mais cruéis do que muitos bandidos da pesada? Eles roubam o dinheiro que poderia melhorar o atendimento dos hospitais e salvar vidas que são ceifadas nas filas de espera. Sim! Eles são assassinos cruéis! Bandidos da pior espécie! São como as drogas que minam a vida das pessoas e matam! São como traficantes que vivem da desgraça alheia. Com isso, a Educação fica a míngua! Os professores recebem salários miseráveis, famílias são destruídas pela impunidade criminal em todas as esferas e pela falta de cultura. Sem Educação, Saúde e Segurança nossos filhos estão fadados a serem vítimas ou agirem da mesma forma que os elefantes de Uganda.
Chega de tanta sujeira! De condutores de marionetes sociais! Não podemos ser complacentes! Nossa maior força está na união e no voto bem escolhido, selecionado a dedo! No mesmo dedo que irá digitar o número do candidato e teclar: Confirma! Se todos agirmos dessa forma, criaremos um senso comum.
Lembre-se:
“Não escolhemos a família que temos, mas podemos escolher a sociedade em que podemos viver.”
ETN

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Quebrando Preconceitos

Mais um depoimento interessante, desta feita sobre o livro O Menino a Goiabeira e a Porta-bandeira, de Alexandre Henderson, publicado pela Editora Uirapuru: www.editorauirapuru.com.br

Oi, Alexandre

Eu sou a Catarina que mora em Lisboa, lembra-se de mim? Eu estive na tua seção de autógrafos no dia que você estava lançando seu livro na FNAC da avenida Paulista. Eu estava com a minha irmãzinha Lúcia, que pediu para eu comprar o teu livro para autografar.
Nós estávamos a passeio no Brasil, visitando a nossa família que não víamos há mais de quatro anos, desde que vim trabalhar em Portugal. Lúcia agora está com sete anos e sempre foi uma leitora precoce. Ao ler o teu livro ela pediu algo que jamais imaginei que uma criança poderia querer: Quero conhecer uma favela igual a do livro!
Eu tentei desconversar, pois nem mesmo com os meus 26 anos de idade jamais pensei na possibilidade de conhecer um lugar tão perigoso. Na hora eu condenei o teu livro, mas ao lê-lo senti uma dor no coração, pois eu estava sendo preconceituosa em todos os sentidos. Entenda, muitas vezes o preconceito é imposto e não algo nato ou oriundo de uma experiência ruim. Sou de uma classe social privilegiada, sempre fui, e obviamente convivi com pessoas que pensavam da mesma forma que eu, por isso, o pedido de Lúcia me fez refletir: Por que uma criança de sete anos se interessaria por uma favela?
Quando perguntei os motivos de Lúcia, ela respondeu que queria conhecer pessoas como o João e a Suélen.
Mais uma vez meu pré-julgamento estava falando mais alto. Ela não queria conhecer a favela, mas sim as pessoas de bom coração que ali vivem.
Insisti e perguntei o porquê dela se interessar pelas pessoas da favela e ela me surpreendeu outra vez mais dizendo que o João era igual ao Fernando do desenho Rio, um menino que precisava de amor, porque ele não era mal, as pessoas é que viam maldade nele.
Assisti ao filme Rio, do Carlos Saldanha, uma vez mais e depois li o livro O Menino, a Goiabeira e a Porta-bandeira junto com Lúcia. Desta vez era eu que queria conhecer a favela e aprendi que eles agora chamam de comunidade.
Na semana seguinte mudei os meus planos, troquei as minhas passagens de volta para Lisboa e fizemos uma escala no Rio de Janeiro, fomos conhecer o morro do Vidigal. Foi uma experiência incrível! Comemos pastel, tomamos suco, tiramos fotos com as pessoas de lá e vimos no olhar de muitas o mesmo brilho dos olhos de João e Suélen. Lúcia quis tirar várias fotos ao lado de meninos e meninas que se pareciam com os personagens de sua história e do filme Rio.
Dois dias depois chegamos a Lisboa, minha irmã contou encantada tudo que viu, que conheceu, que aprendeu para seus amiguinhos, mostrou fotos, o teu livro e, mais uma vez leu a sua história e assistiu ao filme. Com certeza teu trabalho nos ajudou a derrubar alguns preconceitos tão banais como o social e o racial. Em outras palavras, entendi que o preconceito é sinônimo de falta de conhecimento.

Carolina e Lúcia – Lisboa – Portugal

Obs.: Os sobrenomes foram retirados por respeitarmos o direito de privacidade de quem nos enviou este depoimento.


Conheça o blog do livro O Menino, a Goiabeira e a Porta-bandeira: http://omeninoagoiabeiraeaportabandeira.blogspot.com.br/

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Pessoal, veja que depoimento mais bacana de uma mãe a respeito do livro O Noitário de Robinho, de Alison Santos, Editora Uirapuru:

"É impressionante como um livro para crianças pode nos ensinar tanto! Meu filho sempre quis andar de skate e eu sempre disse não, por isso ele acabava andando escondido de mim, até que quebrou o braço. Eu fiquei muito brava e deixei-o de castigo, eu proibi o meu filho de ir ao clube. No começo desse ano eu o deixei voltar ao clube com sérias recomendações sobre o skate. De nada adiantou e o meu filho voltou a andar de skate novamente, resultado, ele quebrou o braço de novo, no mesmo lugar. Foi quando eu li o livro do “Noitário de Robinho”, de Alison Santos, Editora Uirapuru, e vi que eu agia igual à mãe do passarinho e ele tal qual o tico-tico que queria poder voar. Percebi que eu estava sendo superprotetora e não dando o apoio no que ele mais queria fazer. Eu pensei muito a respeito e ontem eu levei meu filho até uma loja de materiais esportivos e comprei um skate e todos os equipamentos de segurança para que ele não corra mais riscos. Se eu o tivesse apoiado desde o começo, ele teria mais confiança em mim e eu nele. E provavelmente ele não teria quebrado o braço duas vezes no mesmo lugar.
Obrigado, Alison, por me ensinar a ser uma mãe melhor!"

Sandra Regina
http://onoitarioderobinho.blogspot.com.br/
 
 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Educação Alimentar

Olá, pessoal
Recebi mais este depoimento sobre um dos meus livros. Neste caso, temos um relato sobre a importância da reeducação alimentar.

"Prezado Professor Egidio

Meu nome é Alessandra (...) e eu gostaria também de dar meu depoimento de um de seus livros para a minha vida. Trata-se do livro Alimentos em Pratos Limpos, que foi publicado pela Editora Atual/Saraiva.
Foi curiosa a forma como esse livro me foi útil, pois até o começo deste ano eu pesava 112 quilos e gastava verdadeiras fortunas com revistas de dieta, shakes, aparelhos que se diziam miraculosos e prometiam me deixar com o corpo da Gisele Bündchen. Fiz tudo quanto é tipo de dieta e exagerava até com os medicamentos. Até a tal subitramina eu tomei, mas o que parecia um milagre no começo acabava virando uma tremenda frustração, pois a ansiedade e a fome me faziam comer bem mais do que antes e o efeito sanfona me atingia em cheio.
Foi em uma crise de choro por causa de meu peso que a minha sobrinha Aline (...) me deu seu livro e eu li várias vezes. Percebi que o meu problema não estava só no fato de comer de mais, mas sim na qualidade dos alimentos. Só que não basta trocar por trocar, foi preciso entender o que realmente é uma dieta balanceada.
Sabe, eu comecei a ter seu livro como referência, fui avaliando os alimentos e impus uma regra de fuga dos alimentos industrializados e das fórmulas mágicas. Depois de dois meses e meio cheguei a 82 quilos e agora já estou com 73 kg. Sei que agora é mais difícil, mas só o fato de poder me ver como uma mulher normal, já me aumentou a auto-estima. Eu cheguei a um peso que jamais consegui com todas as técnicas e dietas que a mídia tentava impor, nem mesmo as revistas especializadas me satisfizeram, simplesmente porque eu não sou igual a qualquer outra pessoa, portanto, o que é bom para os outros não quer dizer que seja bom para mim. Mas o fato do seu livro me conscientizar que o erro maior era quanto à minha alimentação, isso foi essencial!
Obrigado por me ajudar a ser feliz e metade da mulher que eu era ;)
Alessandra"

Lembrem-se de que não coloco os sobrenomes das pessoas por respeito à privacidade das mesmas!