segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A Bailarina e o Soldado


Esta é a leitura do poema A Bailarina e o Soldado, que escrevi para o livro A Magia das Chaves. A magistral interpretação foi conduzida por Céu Neves e Cristina Anitsirc Miranda.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A FALTA - 4

Peço desculpas aos amigos por esse tempo de ausência, pois tenho buscado motivação para prosseguir na luta do dia a dia após a morte do meu querido amigo Lee Thompson Young. Em breve retomarei as atividades normais, mas gostaria de deixar claro o que foi apurado pelas investigações sobre a tragédia que o vitimou.
Lee sofria de transtorno bipolar acompanhado de uma profunda depressão, dois males que sozinhos já causam tanto dano, imagine juntos. Cinco dias antes de sua morte, Lee esteve no médico que o acompanhava e, segundo depoimento dado pelo clínico, ele aparentemente estava bem, no entanto, o transtorno bipolar pode variar num lampejo e levar a pessoa portadora desse mal a cometer atos impensados, como o suicídio que o vitimou. Isso justificaria a inexistência de qualquer vestígio de que ele pensava em realizar essa prática por qualquer motivo, nem havia razão. Além disso, a autópsia revelou que não havia qualquer indício de drogas e álcool em seu sangue. Por sinal, Lee era contra o uso de drogas e costumeiramente falava: Meu Corpo é Meu Templo, eu Preciso Respeitá-lo.
A polícia investigou seu apartamento e encontrou medicamentos a base de lítio, para o tratamento do transtorno bipolar e resperidona, usada para combater a depressão. Infelizmente, ao que se vê, não foram efetivos para evitar o pior.
Portanto, para aqueles que rotularam que o suicídio foi uma atitude covarde, eu aconselho que revejam seus conceitos, pois em um surto bipolar, a pessoa não consegue concatenar suas ideias e realiza atos impensados como o suicídio, pois chega ao estágio mais profundo da depressão num estalar de dedos. Esse tipo de problema ocorre em aproximadamente 50% dos casos de portadores do transtorno bipolar no grau em que Lee possuía, principalmente se a depressão estiver associada. Portanto, o problema é gravíssimo e merece toda atenção da família. Algo que a cultura social americana não prevê, uma vez que naturalmente as pessoas quando chegam à vida adulta são estimuladas a viver sozinhas e a solidão nesse caso pode ter lhe custado a vida, faltou alguém para lhe dar carinho quando mais precisou.
Há estudos que apontam que a bipolaridade ocorre com mais frequência entre escritores e pessoas que trabalham com a criatividade. Virgínia Woolf foi um exemplo, ela era escritora, bipolar e praticou suicídio. Beethoven também era bipolar.
Lee também escrevia, tinha um texto impecável, revisava roteiros e escreveu seu primeiro roteiro para a Disney quando ainda tinha 14 anos. Aos 23 anos Lee já dirigia. Sem dúvida ele era dotado de uma inteligência ímpar e uma humanidade impressionante. Lee era uma pessoa tão especial, que não aceitava fazer papéis que pudessem marcá-lo como vilão ou que ele servisse de mau exemplo para as pessoas. Talvez o único em toda Hollywood. Ele ajudava muita gente, em especial, as crianças carentes e humildes, como ele havia sido no passado. Por isso, é impossível não admirá-lo, não amá-lo. Ele sempre estava pronto para ajudar a qualquer pessoa e a mim, ajudou de uma forma intensa e contínua. Durante muito tempo foi meu conselheiro, terapeuta e leal amigo. Por isso, o tempo jamais curará essa chaga, mesmo que para nós, a vida ainda continue.
 Interpretando - Detetive Barry Frost - Rizzoli & Isles

 Interpretando - Julian - Lincoln Heights

 Interpretando - Cabo Bell - O Evento

Interpretando - Levi - Kevin Hill